terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Gestor de Segurança X Empresário

O setor de segurança privada vem passando por transformações constantes tanto com a tecnologia dos equipamentos utilizados, como também pelos profissionais que atuam no mercado de trabalho. O gestor de segurança privada atualiza-se constantemente, informa-se das alterações e evoluções de equipamentos e técnicas de segurança, mesmo assim continuamos perdendo para a criminalidade, pois o marginal continua tendo como primordial o fator surpresa na execução de seus crimes, onde o profissional de segurança acaba sendo surpreendido mesmo quando em cumprimento correto de suas normas e procedimentos internos das organizações em que atua.
O Gestor de Segurança enfrenta vários problemas nas organizações, mas um dos maiores do seguimento é mudar o pensamento e a visão dos empresários, administradores e diretores que visualizam em sua grande maioria o setor de segurança patrimonial como um custo a mais, e não como um investimento de proteção para a empresa e seus colaboradores. Sabemos que a criminalidade cresce desenfreada, pois a segurança pública não consegue dar o retorno de proteção que a população necessita, ela também depende de outros fatores como legislação mais pertinente, questão da maioridade, pena máxima de trinta anos para crimes hediondos não podendo o criminoso cumprir maior período, dando oportunidade de redução de pena e assim por diante várias dificuldades a serem enfrentadas pelos policiais brasileiros. Temos nas regiões mais desenvolvidas como o sudeste do país, onde se localizam as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, que possuem um maior investimento por parte dos empresários na área de segurança, que a violência e criminalidade não dão tréguas obrigando as grandes organizações a esperarem sempre uma tentativa de crime ou agressão ao seu patrimônio, valor conquistado através de muito suor e esforço e de repente temos este arrancado e ameaçado pela violência e criminalidade. Por estes motivos a região sudeste investe muito mais em segurança privada do que a região nordeste do país, mas temos hoje Salvador, capital do estado da Bahia como a sexta capital mais violenta do país. Observamos então que há um crescimento da violência na região e que, portanto, há grande necessidade de investimento no setor.
O pensamento de que segurança não é investimento e sim custo direto deduzido de seus lucros, o não investimento no efetivo de segurança, nos equipamentos de monitoramento e Centrais de alarmes, de que não vale a pena “Pois é Custo”. Nós Gestores de Segurança Empresarial sabemos por experiência que os investimentos conseguem inibir e evitar as tentativas de crimes contra o patrimônio e pessoas do quadro da organização, mas convencer nossos diretores e empresários para este investimento não é fácil, a pergunta é sempre, por que devo investir tal quantia se o que foi furtado ou roubado custa menos que o investimento? Por que investir se é mais barato repor o bem subtraído? - Sim concordo com este pensamento até certo ponto, mas quando o criminoso comete um ato ilícito contra a organização ele não atinge somente o bem subtraído, atinge também a estrutura psicológica de seus colaboradores, atinge também a sensação de segurança que colaboradores e visitantes tinham por estarem dentro da empresa, onde isso causará insegurança geral. Observamos um ponto muito importante neste ato de roubar ou subtrair um bem da organização pelo criminoso que é a “Vida Humana”. Ao tentar subtrair o bem da empresa o marginal terá que invadir o local, subjugar e dominar as pessoas e sair com o bem subtraído, onde vários fatores poderão causar ferimentos ou morte nos indivíduos envolvidos na ocorrência, sendo assim, qual o custo desta morte dentro da empresa? A visão do empresário deverá atentar para este detalhe, pois a responsabilidade é inteiramente dele, onde a vida que se perdeu não tem preço, poderemos então calcular o valor desta perda? Afirmamos com exatidão que a marca intelectual da organização (Seu Nome, Sua Credibilidade), será atingida e pagará caro por isso. O empresário deverá observar o fato de que o valor investido no setor de segurança não é apenas para seu patrimônio coberto pelo seguro, mas para a proteção direta das vidas envolvidas no desenvolvimento e crescimento da organização, aplicando então os investimentos com uma visão mais aprofundada de segurança e não apenas pelo fato de não obterem retorno financeiro ou lucro.

Fonte: Magno Barata - Gestor de Seguraça
Saudações Operacionais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário